Imagine a cena:
Você é advogado e gerente de uma carteira em escritório tradicional da sua cidade e uma hora antes do expediente já se encontra na empresa, aguardando a atualização do servidor para acesso aos e-mails não lidos do dia anterior.
Minutos preciosos. O tempo é curto e quanto mais ágil agora, maior a sobra de tempo para o resto do dia.
Metade do mês já se passou e o resultado da carteira ainda não é satisfatório. Os sócios do escritório estão lhe procurando para discutir números e você sequer conseguiu reunir a equipe para discutir estratégias visando à reversão do resultado, pior, sequer conseguiu pensar em estratégia.
Neste momento você torce. Torce por um volume menor de intimações, por menor número de reuniões, interferências, prazos, solicitação de relatórios… Torce por um mínimo de horas diárias que lhe permitam realizar o trabalho para o qual foi contratado.
Voltando aos e-mails:
Já de posse destes, constata que o número de mensagens novas na caixa de entrada segue o padrão dos dias anteriores, apenas cresce. E já na primeira, enviada pelo sócio majoritário tarde da noite, você é advertido sobre reunião às 10:00hs e possível almoço com cliente na sequência.
Na segunda mensagem lhe é solicitado entrega de relatório em 48 horas com andamento detalhado das causas de valor expressivo, eventuais garantias penhoradas e expectativas de êxito.
Como agir?! Um relatório de tal magnitude, em intervalo tão curto, comprometerá no mínimo uma semana de três dos meus colaboradores. Não vai dar! Terei de ajudar.
E segue o trem. Virei bombeiro. Apago incêndios! E o pior, não vejo horizonte.
É o hoje, o agora, um dia após o outro, é só pressão!
Estudei para tal?
Pois é colega, eventuais semelhanças não são meras coincidências. Esta triste realidade afeta uma grande legião de profissionais que exercem cargos de gerência, coordenação, supervisão ou qualquer outra denominação que se dê aqueles que administram equipes jurídicas e ainda não encontraram os meios adequados para conseguir por fim a este martírio.
Poderia narrar a história sobre perspectiva diferente, talvez sobre a perspectiva do sócio e da dificuldade deste em planejar, analisar números e buscar novos negócios em decorrência de tarefas menores lhe roubarem 90% do tempo.
Interessante que o discurso destes profissionais é sempre o mesmo: Falta de tempo em razão do excesso de tarefas!
Será? Posso afirmar-lhes que não.
Em que pese planejar, executar, motivar, medir e contribuir sejam as principais razões de existir de um gerente, o que menos se vê são os referidos profissionais agindo como tal.
A notícia boa é que existe solução, e excelente é o momento para lhes dar boas vindas e iniciarmos uma série de discussões visando a grande virada de mesa!
Por meio de uma metodologia adequada, vontade, ação e tecnologia, mostrar-lhes-ei o caminho para tal.
Bem vindos ao blog do gerente jurídico do século XXI.